Palavras não são só palavras
Há quem fale.
Há quem escreva.
Há quem pense apenas nas palavras.
Há quem fale muito além do que deve, outros calam o que não devem ou não querem.
Há quem viva gritante sem dizer nada, e quem viva calado com um mundo inteiro para dizer.
Há quem fale escondendo o que na verdade quer dizer, há quem cale o que está entalado na garganta da alma para ser dito, e há quem fale somente para falar, independentemente de dizer algo consistente.
Há quem silencie as suas palavras, quem pronuncie o que não sente e quem diga o que não quer dizer.
Há quem passe pela vida marcando-a com silêncios, outros registam nela palavras que nunca deviam ser pronunciadas, outros enchem o coração alheio com letras compostas em mensagens que a mesma vida trata de eternizar.
E há quem faça das palavras um canto. Um discurso melódico umas vezes sentido e sincero, outras apenas aprazível ao ouvido porém sem sentido.
Há quem diga que é a falar que as pessoas se entendem. E eu vejo tantas pessoas a falar sem se entenderem, sem se ouvirem, sem escutarem as suas próprias palavras, antes ou depois de as proferirem.
Há quem diga que palavras, leva-as o vento, mas a memória também sabe trair esse ditado.
Há quem julgue pelas atitudes, e não distinga as palavras. Quem fale sobre os discursos, julgando que as palavras não têm peso.
São palavras. Só palavras. Ou sempre palavras.
Atire a primeira palavra quem sabe viver sem elas.
Há quem escreva.
Há quem pense apenas nas palavras.
Há quem fale muito além do que deve, outros calam o que não devem ou não querem.
Há quem viva gritante sem dizer nada, e quem viva calado com um mundo inteiro para dizer.
Há quem fale escondendo o que na verdade quer dizer, há quem cale o que está entalado na garganta da alma para ser dito, e há quem fale somente para falar, independentemente de dizer algo consistente.
Há quem silencie as suas palavras, quem pronuncie o que não sente e quem diga o que não quer dizer.
Há quem passe pela vida marcando-a com silêncios, outros registam nela palavras que nunca deviam ser pronunciadas, outros enchem o coração alheio com letras compostas em mensagens que a mesma vida trata de eternizar.
E há quem faça das palavras um canto. Um discurso melódico umas vezes sentido e sincero, outras apenas aprazível ao ouvido porém sem sentido.
Há quem diga que é a falar que as pessoas se entendem. E eu vejo tantas pessoas a falar sem se entenderem, sem se ouvirem, sem escutarem as suas próprias palavras, antes ou depois de as proferirem.
Há quem diga que palavras, leva-as o vento, mas a memória também sabe trair esse ditado.
Há quem julgue pelas atitudes, e não distinga as palavras. Quem fale sobre os discursos, julgando que as palavras não têm peso.
São palavras. Só palavras. Ou sempre palavras.
Atire a primeira palavra quem sabe viver sem elas.
© Joana Oliveira Quelhas – Maio 2016
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